Uma das grandes preocupações de criadores de aves no Brasil é em relação as perdas das aves que pode ocorrer por diversos motivos, dentre estes sabe-se que o desconforto térmico é um que merece atenção. Esta informação assume grande importância no Brasil, onde a média de temperatura e umidade relativa ao longo do ano é elevada na maioria das regiões, em contrapartida à ineficiência térmica das instalações utilizadas na avicultura.
Não existe uma estimativa confiável do número de aves mortas na espera do abatedouro, mas é informado que 40% das perdas pré-abate são ligadas ao estresse térmico.
As variações térmicas em uma dada região ao longo do ano, bem como durante os períodos do dia (manhã, tarde e noite) influenciam sobremaneira o bem-estar e o conforto das aves durante a espera no abatedouro.
Quando transportadas em conforto térmico (entre 15 e 22ºC), as aves não apresentam alterações fisiológicas, ao contrário daquelas mantidas durante 2 horas em caixas de transporte à 34ºC, as quais apresentaram um aumento no nível de estresse.
Se não forem tomados os devidos cuidados com a ambiência na fase de espera, ou seja, a preocupação quanto à climatização bem planejada e controlada nos galpões, por exemplo, as chances de mortalidade aumentam ao longo do tempo. O galpão deve ser climatizado para se atingir o objetivo de bem-estar e conforto térmico das aves.
Atmosfera amoniacal e perdas de aves
A atmosfera amoniacal é formada pela concentração de gás de amônia no ambiente. Esta formação acontece com a decomposição microbiana do ácido úrico expelido pelas aves em contato com a umidade da nebulização somado ao aumento da temperatura do ambiente. Esta condição de poluição da granja, agrava problemas de saúde dos trabalhadores e é uma dos principais motivos de mortes de aves.
A atmosfera amoniacal colabora também para a oxidação da estrutura da granja e consequentemente a vida útil da mesma.